Como dar o nó do antes ao depois
como delinear a rota do que sois
no que somos o real não para mais
transfigura-se deste meu exíguo cais

Abrigo de viagens e vendavais
dos sonhos de meu sonho que tu vais
seguindo e o navio varrendo sóis
por repouso anseia como os caracóis

Ai se eu lesma fosse e os anzóis
imergissem no meu mar e como tais
picassem sem ouvir meus simples ais

Derrapando no meu visco irariam onde estais
molusco e velho tratante que dos bois
nem hastes para marrar tendes nem grilhões



Do Ansiado Repouso
poema de Jaime Ferreira

em noite de lua vaga



After the rain foto de Monique