Onde estás, perguntou a rapariga. Lá fora qualquer coisa fez ondular as ervas do caminho, um sopro breve, uma gota ou duas de chuva fraca. Não me assustas, insistiu. Mas assustou-se. Largou com ruído a portada da janela, encolheu-se, escondeu-se debaixo da cama. Com o dedo indicador desenhou um bicho bom no pó que cobria o chão e um bicho mau de olhos grandes e avermelhados. Os dois lutaram entre si durante três dias e três noites, imaginou ela.
Depois o medo foi-se embora e ela também.