às minhas irmãs
É alta a mesa da casa de jantar e escondemo-nos debaixo
da mesa da casa de jantar que não é uma casa, mas a mesa sim. O nosso cão chama-se
Tejo, aquele rio que corre na lezíria e vai ter ao mar e nós acreditamos que todos
os rios vão dar ao mar, não vão. Uns ficam pelo caminho como vocês ficaram e a quietude
invadiu a casa e a mesa e o jantar.
Às vezes ouço-vos rir ainda e a nespereira carregada de
frutos em agosto e o cheiro a mosto em setembro, não fora a lezíria e os
cavalos lusitanos a galopar. Já não sei qual de vós dançava.
sisters de holger droste